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Análise com 808 hospitais indica que gestão por OSS é 8,4% mais eficaz que administração direta

Um estudo realizado com 808 hospitais para comparar a eficiência dos modelos de gestão aplicados em equipamentos públicos de saúde mostrou que unidades gerenciadas por Organizações Sociais de Saúde apresentam nível de eficiência 8,4% superior aos equipamentos de administração direta e autarquias. A análise concluiu que maior autonomia administrativa e gerencial, regras de recrutamento de recursos humanos, legislação trabalhista e mecanismos de contratação mais ágeis aumentam a eficiência dos hospitais públicos brasileiros.

Confira abaixo o resumo do estudo.

Comparação da eficiência dos modelos de gestão dos hospitais públicos brasileiros utilizando Análise Envoltória de Dados

Trabalho de Daniel Seabra Resende Castro Corrêa – Mestrado em Gestão e Economia de Serviços de Saúde / Faculdade de Economia da Universidade do Porto

O SUS, sistema de saúde público universal brasileiro, conta com um arcabouço jurídico que prevê a possibilidade de diversos modelos de gestão para suas unidades que vão da administração direta pelo Estado até a celebração de contratos de gestão com instituições privadas. Com o intuito de comparar a eficiência dos modelos de gestão aplicados em hospitais públicos brasileiros, utilizou-se o método da Análise Envoltória de Dados com posterior regressão estatística a partir de dados públicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o ano de 2018.

Compuseram a análise 808 hospitais gerais públicos que obtiveram score médio de 0,664 com 9,78% de unidades eficientes. Os modelos de gestão foram classificados de acordo com a Pessoa Jurídica – PJ, agrupando características comuns nos campos de autonomia administrativa, gestão de pessoas, bens e serviços, mecanismos contratações e aquisições.

Os serviços enquadrados como PJ de Direito Privado, como Organizações Sociais e Serviço Social Autônomo, apresentaram nível de eficiência 5,2 % (p<0,05) superiores aos geridos por PJ de Direito Privado com derrogações de Direito Público, como Fundações Públicas e Empresas Públicas, e 8,4% (p<0,001) superiores aos geridos por PJ de Direito Público, como unidades de administração direta e Autarquias. Foi avaliada ainda a influência de outras variáveis independentes sobre a eficiência dos hospitais, como a região, localização em capitais, porte, atividades de ensino e nível federativo de gestão.

Os resultados permitem afirmar que maior autonomia administrativa e gerencial, regras de recrutamento de recursos humanos, legislação trabalhista e mecanismos de contratação mais ágeis aumentam a eficiência dos hospitais públicos brasileiros. A análise objetiva da eficiência dos modelos de gestão pode contribuir na tomada de decisões quanto ao fortalecimento das estratégias mais vantajosas e revisão da legislação vigente para permitir melhores resultados em cuidados de saúde para a população brasileira.

ACESSE AQUI A ANÁLISE NA ÍNTEGRA

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