Notícias

Sentinela Sepse: projeto no HRSC aumenta eficiência do monitoramento de infecções em pacientes

A infecção generalizada, conhecida como sepse, é um problema silencioso e letal. Dados recentes do Ministério da Saúde indicam que a doença faz 11 milhões de vítimas no mundo por ano. No Brasil são cerca de 400 mil vítimas no mesmo período. Reconhecer os sinais e alertar para a possibilidade da enfermidade é uma das prioridades de um projeto criado no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Quixeramobim: o Sentinela Sepse.

São mais de 50 colaboradores distribuídos entre as equipes de plantão, treinadas para identificar o problema, garantindo que todas as unidades tenham pelo menos um membro do projeto inserido. Desta forma, elas são monitoradas 24 horas pela metodologia, prontificando que nenhum protocolo deixe de ser aberto.

Os técnicos de enfermagem são os responsáveis por garantirem o sucesso da iniciativa, como explica o coordenador-geral de Enfermagem do HRSC, Daniel Rodrigues. “Por ter um maior contato com o paciente, esse profissional tem mais oportunidade de perceber alterações nos parâmetros vitais do seu cliente. É importante ter ele empoderado e sensível para capitalizar esses alertas, levando a informação ao profissional médico, que vai determinar a abertura ou não do protocolo para tratar a sepse”, explica.

A metodologia do projeto criado no HRSC prevê um selo para os participantes (bronze, prata, ouro, diamante) a cada três meses, conforme avançam no número de sinalizações e protocolos abertos. O projeto teve início em setembro do ano passado e, até dezembro de 2023, diminuiu em 10% a taxa de letalidade por sepse, graças a um aumento positivo de 88% na taxa de protocolos abertos por alertas percebidos.

Ana Amélia Leitão Farias, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), corrobora os dados. “O combate à sepse sempre foi uma política permanente nossa, mas foi só depois desse projeto, que teve o apoio total da direção, que logramos êxito. Já vemos que temos um resultado disso”, explica.

A médica infectologista do HRSC, Isadora Sousa, diz que a iniciativa é pioneira e reforça que o trabalho conjunto das equipes é crucial. “Ao invés de ter um protocolo iniciado somente com a visão médica, o projeto insere nesse processo os profissionais que estão mais próximos do paciente, avaliando se aquelas alterações podem sugerir sepse. Com isso, nós envolvemos as equipes e tornamos essa luta mais prática aos diferentes níveis de atenção”, garante.

É como também vê o diretor da gestão do cuidado do HRSC, Leonardo Miranda. Para ele, o grande significado do projeto “Sentinela Sepse” é o seu protagonismo. “Essa avaliação pelo técnico de enfermagem em conjunto com o olhar do médico, vai garantir mais atenção ao paciente que esteja entrando em sepse. Estamos inserindo mais pacientes em um fluxo estruturado de prevenção e tratamento e, sem dúvida, a perspectiva é que colhamos melhores resultados progressivamente”, diz.

Compartilhe

Notícias recentes

Endereço

Ed. The Union – SMAS, Trecho 3, Conjunto 3, Bloco B1, sala 303

Zona Industrial (Guará) CEP: 71215-300 Brasília – DF

Contato

+55 (61) 3044 7560
contato@ibross.org.br