Iniciativas em hospitais marcam o mês dedicado à discussão e conscientização da prematuridade
Neste mês é comemorado mundialmente o Dia da Prematuridade (17/11) e, por isso, ele é reconhecido como Novembro Roxo, motivando a atenção e sensibilização de assuntos relacionados ao parto antecipado. Por isso, o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), em Niterói/RJ, e o Hospital Regional Jorge Rossmann (HRJR), em Itanhaém/SP, unidades geridas pelo Instituto Sócrates Guanaes, associado Ibross, prepararam ações especiais em homenagem à prematuridade. Uma delas foi oficina de confecção de capas de super-heróis para os bebês internados na UTI do HRJR. Os dois hospitais mantêm unidades de tratamento intensivo para recém-nascidos, oferecendo atenção especial à prematuridade por meio do trabalho desenvolvido pelas equipes assistenciais focadas nestes pequenos pacientes e também nos pais.
No Hospital Regional Jorge Rossmann (HRJR) as ações aconteceram durante uma semana inteira, com palestras sobre os cuidados no tratamento dos bebês prematuros, depoimentos e homenagens que marcaram a Semana da Prematuridade no Hospital. Foram realizadas oficinas na UTI Neonatal para confecção de capas de super-heróis. Os bebês tiveram seus primeiros registros fotográficos feitos com as capinhas de personagens, como Capitão América, Batman, Flash e Mulher-Maravilha. “A ação tem o objetivo de reconhecer a força que esses bebês demonstram durante o internamento. São verdadeiros heróis”, explica a pediatra e coordenadora da UTI Neonatal, Marilene K. Martins, ressaltando também a importância do aleitamento e da doação de leite materno para ajudar no desenvolvimento dos bebês internados: “Estudos comprovam benefícios para os prematuros que recebem o leite materno, como diminuição dos riscos de infecção e melhora do sistema imunológico. Doar é um gesto importante, reforça os estoques de banco leite e é fundamental para ajudar no progresso dos prematuros”.
O diretor técnico do HRJR, Dr. Cézar Kabbach, elogiou a iniciativa do evento e ressaltou a importância dos profissionais envolvidos no atendimento. “O tratamento realizado no parto prematuro não depende apenas do médico, mas da equipe multiprofissional empenhada em dedicar a melhor assistência e preparar a família para os cuidados com o bebê. Cabe a nós, durante o período da mãe no hospital, oferecer condições e segurança para que ela consiga continuar os cuidados que proporcionamos aqui”.
Já no Azevedo Lima, a UTI Neonatal promoveu palestras e confraternização para os pais dos bebês internados e dos que já tiveram alta da unidade. De janeiro a outubro de 2018 foram admitidos 231 prematuros na UTI Neonatal do HEAL. A coordenadora médica da UTI Neonatal, Dra. Cristine Delgado, falou sobre formas de prevenir alguns casos de prematuridade, como a realização do exame pré-natal e o controle da pressão arterial, entre outros. Ela abordou a participação do Azevedo Lima no Projeto Coala, de âmbito nacional, focado no controle do oxigênio ofertado ao bebê, que é a medicação mais usada na neonatologia, mas que em excesso também pode causar problemas para os bebês.
Na ocasião, a fisioterapeuta Fabiana Diaz apresentou a história de diversos bebês que estiveram internados na UTI Neonatal do Azevedo Lima por meses, foram tratados, tiveram alta e hoje vivem uma vida normal. A coordenadora interina de enfermagem, Patrícia Azevedo, informou que os pais de bebês internados passarão a ter acesso também ao atendimento do setor de Psicologia, pelo Grupo de Escuta e Apoio aos Pais do Bloco Neonatal, que está previsto para iniciar em dezembro de 2018.
São considerados prematuros os bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação. No Brasil, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, a taxa de prematuridade é superior a 10%, quase o dobro do que é observado nos países europeus. Ou seja, em cada dez crianças que nascem, pelo menos uma é prematura.
Fonte: Comunicação Instituto Sócrates Guanaes