Evento reuniu Secretários municipais e estaduais de saúde de todo o Brasil, representantes de organizações sociais e membros dos Tribunais de Contas, Ministério Público e da Controladoria Geral da União
O evento foi uma iniciativa do Tribunal de Contas da União, em parceria com o Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Na abertura do encontro, o secretário de controle externo da saúde do TCU, Carlos Augusto de Melo Ferraz, destacou a importância estratégica do encontro. “O modelo OSS pode trazer bons resultados, mas apresenta riscos. É importante que haja um adequado gerenciamento desses riscos e o acompanhamento rigoroso dos resultados”, afirmou. Para ele, o seminário pode contribuir com a qualificação da discussão e, consequentemente, com a tomada de decisão dos gestores.
O Secretário Estadual da Saúde do Estado de Goiás, Ismael Alexandrino, que representou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), destacou a complexidade da gestão da saúde no Brasil. “As Organizações Sociais são realidade nos estados e municípios. Existem muitas críticas ao modelo, mas o problema não está na sua modelagem, mas em práticas individuais equivocadas que deturpam o sistema”, defendeu. Alexandrino ressaltou, ainda, que a atuação dos órgãos de controle desde o início do processo é fundamental.
Para o ministro Benjamin Zymler, o País precisa decidir quais as melhores alternativas para a sustentabilidade do SUS. “Precisamos saber onde queremos chegar, estabelecer metas mensuráveis e, assim, adotar as melhores práticas para garantir a melhoria do serviço de saúde no país”, pontuou.
Segundo o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, o número de solicitações de judicialização da saúde triplicou nos últimos 10 anos. “O custo dessa judicialização é altíssimo para o Estado. Cabe ao sistema judiciário e ao Ministério Público auxiliar na reversão desse quadro, privilegiando uma atuação preventiva, resolutiva e extrajudicial”, disse Aras.
A necessidade de integração entre os órgãos para o aprimoramento da saúde no País foi o ponto central do discurso do presidente do Tribunal de Contas da União, ministro José Múcio Monteiro, que encerrou a mesa de abertura. “Precisamos dialogar, conversar continuamente, errar menos e detectar os atores bem intencionados para que possamos trabalhar juntos pelo futuro do nosso País”, ressaltou o presidente.
Também integraram a mesa de abertura o presidente do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), Renilson Rehem, e o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire Bezerra. O seminário é resultado de uma parceria do Tribunal de Contas da União com o Ibross, a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal, o Conass e o Conasems.
Durante o encontro, que termina nesta terça-feira (5/11), estão sendo abordados quatro grandes temas: Políticas de Integridade em Organizações Sociais; Eficiência Ambulatorial e Hospitalar; Transparência na Parceria com entidades do Terceiro Setor; e O Uso do Modelo de OS: Boas Práticas e Maus Exemplos.
Acesse aqui as apresentações do seminário:
- Resolução TC 58-2019 e construção da transparência nas OSS no Estado de PE – um estudo paradigmático
- Resultado do controle externo sobre a atuação das OSS no Estado da PB
- Principais problemas identificados em auditorias nos contr. de gestão em saúde nos Hospitais Regionais do MT
- Análise comparativa da gestão hospitalar da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e uma OSS
- Análise Econométrica dos Hospitais Estaduais de Santa Catarina – um comparativo entre modelos de gestão
- Teoria e prática – Compliance nas Organizações Sociais
- Integridade Organizacional
- QualIES – Ferramenta de Verificação de Compliance na Cadeia de Valor de Saúde
- Eficiência da Rede Hospitalar Brasileira
- Controvérsias em avaliações de eficiência em saúde – Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa
- Avaliação da eficiência em hospitais do SUS – desafios e perspectivas
- APS Forte – estratégia central para sustentabilidade do SUS
- A importância do aprimoramento da transparência quanto à aplicação de rec. públicos pelas OS – A experiência da CGU
- Cômputo das despesas com pessoal das organizações da sociedade civil para os limites da LRF
Assista aos vídeos do Seminário:
4 de novembro
https://youtu.be/KDOn2Y4nYtE (manhã)
https://youtu.be/zg_DZrkYntk (tarde)
05 de novembro
https://youtu.be/qCbpWYexzEI (manhã)
https://youtu.be/lcD0QErRKc0 (tarde)