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Hecad realiza mediação com Alto Comissariado da ONU para Refugiados para viabilizar transplante a criança venezuelana

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), administrado pela Agir, associada Ibross, mediou junto ao Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo a viabilização de tratamento médico para uma criança venezuelana de três anos que precisa de transplante de fígado.  Segundo a assistente social do Hecad, Ilnete Coelho, que coordenou as tratativas, a criança não tem um doador vivo compatível e precisa aguardar com a família em São Paulo o andamento da fila de transplantes hepáticos.

“O Maquir precisou de atendimento médico e ficou em internação no Hecad por 2 meses. Ficamos comovidos com a situação da família, que é de extrema vulnerabilidade. Nós fizemos a solicitação de Tratamento Fora de Domicílio, ele foi inserido na fila para transplantes e recebeu alta para realizar acompanhamento ambulatorial no hospital e  esperar pela cirurgia em casa. No entanto, como o procedimento será feito em São Paulo, ele precisa estar lá para receber o órgão em tempo hábil”, explicou a profissional.

O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) custeado pelo Sistema Único de Saúde prevê apenas passagem para o paciente e um acompanhante e não contempla estadias de longa permanência. Então, os profissionais do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) iniciaram uma série de diálogos com órgãos públicos e organizações sociais para que a família pudesse permanecer unida e receber, além das passagens, acolhimento e abrigo.

“Nós buscamos olhar o paciente em sua integralidade e por isso não paramos após a solicitação do TFD. A mãe do Maquir está gestante e tem outras duas outras crianças. O pai é o único provedor da família e não teria como se ausentar do trabalho informal que realiza para ficar com os irmãos do paciente na ausência da mãe para acompanhar o tratamento”, conta Ilnete. “Se não fosse pelo trabalho da equipe do Hecad, nós não teríamos condições de fazer a mudança e meu filho não conseguiria o transplante que ele tanto precisa”, contou Keilis Oropeza, a mãe da criança.

O auxílio que a família tanto precisava veio do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, que com a mediação do hospital, viabilizou as passagens para toda a família, e da Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo que ofereceu estadia, durante a espera para o transplante e toda a duração do tratamento. “É uma felicidade e um alívio inexplicáveis saber que meu filho vai ter todo o cuidado que ele precisa”, contou Keillis. “Eu fico muito feliz por termos encontrado aqui no Hecad pessoas realmente comprometidas em ajudar”, disse.  

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