Evento, realizado em Goiânia (GO), contou com palestras, depoimentos e mesa-redonda sobre gestão de custos e otimização de resultados nas organizações de saúde, além da eficiência e transparência na gestão
O Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde) e a Agir (Associação de Gestão Inovação e resultados em Saúde) promoveram nesta sexta-feira (16/2), em Goiânia-GO, o II Workshop “O Papel das Organizações Sociais em Saúde na Rede Pública”.
O evento contou com a presença do secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasivel dos Reis Santos Júnior (representando o Governador de Goiás, Ronaldo Caiado) e de membros do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE).
Reunindo expoentes das diversas áreas do setor saúde, o encontro teve como idealizador o presidente do Ibross e superintendente de relações institucionais da Agir, Sérgio Daher. O workshop teve como convidadas para palestras, depoimentos e mesa-redonda instituições de renome como Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Planisa e Instituto Ética Saúde.
Falando em nome do Ibross, o diretor de Ensino e Admissão de Associados, Guilherme Schettino, sintetizou a relevância de iniciativas como o workshop: “É um prazer participar desse evento organizado pelo Ibross e pela Agir. Reunimos 21 instituições que prestam serviços de gestão e operação a unidades públicas de saúde em diferentes estados. Acreditamos no modelo público-privado de parcerias no intuito de melhorar a condição de saúde da população. A maior eficiência operacional aliada ao melhor uso do recurso público em busca de um atendimento eficiente gera satisfação dos usuários, que exigem transparência e qualidade. Essa é a nossa missão, compromisso e meta fundamental para avançarmos no número de unidades contempladas por OSS e para vencermos desafios no curto, médio e longo prazos. Estamos sempre abertos a discussões que gerem trocas de ideias e aprimoramentos”, disse Schettino.”
Da parte do governo goiano, o secretário de Saúde local, Rasivel dos Reis, elogiou o encontro. “Difícil exagerar quando falamos da importância de uma reunião desse porte. Quero parabenizar a todos pela organização. Tivemos vários apontamentos relevantes aqui, e falamos muito em excelência operacional num modelo de gestão antes mesmo de definir um parceiro de administração. Aqui em Goiás, Organizações Sociais contempladas e associadas ao Ibross, como a Agir, só têm a contribuir nesse trabalho que estamos desempenhando”, destacou.
Promotora e anfitriã da solenidade, a Agir foi representada por Lucas Paula, seu superintendente-executivo. Ele destacou o papel do SUS via OSS tendo a pandemia como pano de fund. “Há quatro anos vivíamos o drama da COVID-19. Em março de 2020 definimos o primeiro hospital de campanha em Goiás, a ser instalado no Hospital do Servidor Público. Em apenas 13 dias tínhamos leitos, insumos e pessoal recebendo os primeiros pacientes com o novo coronavirus. Após isso, espalhamos unidades por todo o estado para atender os infectados, cumprindo o dever da Agir, de ser parceiro do serviço público na promoção da saúde. A pandemia nos ensinou que temos, com muito orgulho, o melhor Sistema Único de Saúde do mundo, que suportou e superou uma luta que nem sequer era prevista quando foi criado. Ele permitiu que tivéssemos um menor número de mortes do que poderia ter sido diante de uma cadeia não estruturada. A conclusão é que o modelo de OSS é um promotor e um forte aliado, peça importante de uma engrenagem, como foi na pandemia ao unir dois grandes eixos: poder público e terceiro setor (OSS) para oferecer o melhor possível à nossa população nos anos que se seguem”, ressaltou.
Marcelo Aragão, auditor-chefe de Saúde do TCU, também enalteceu a simbiose criada ao longo dos anos entre Ibross, OSS e o estado: “Há quatro anos, quando fui procurado pelo Ibross, demonstrei meu total apoio aos planos de ação do instituto. Disse que tinha muito gosto em apoiá-los, mas desconfiava de eventuais oportunistas que se aproveitam do modelo. Essa opinião mudou totalmente, e para muito melhor. Posso dizer que, como controlador-auditor, ajudamos, fortalecemos e aconselhamos esses instrumentos, essas políticas públicas e seus desenhos de ação, e estou muito satisfeito com a probidade que vejo nas OSS vinculadas (ao Ibross) e na promoção delas ao SUS”.