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Presidente do Ibross participa de painel sobre integração da saúde pública e privada no CONAHP 2023

Flávio Deulefeu esteve ao lado de grandes expoentes do setor para expor, ouvir e debater ideias que contribuam para o aperfeiçoamento e otimização da área da saúde no Brasil

O presidente do Ibross (Instituto Brasileiro de Organizações Sociais de Saúde) e assessor do ISGH (Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar), Flávio Deulefeu, participou no último dia 18 de outubro do painel “Cases de sucesso – integração público-privada na prática” durante o primeiro dia do CONAHP (Congresso Nacional de Hospitais Privados), maior encontro sobre saúde do país, ocorrido no Transamerica Expo, na zona sul da cidade de São Paulo.

Os debates focaram em soluções para uma maior integração entre o SUS (Sistema Único de Saúde) e iniciativas privadas visando o aperfeiçoamento do setor de saúde e dos serviços oferecidos aos brasileiros.

Também participaram do painel Arnaldo Hossepian, diretor-presidente da Fundação Faculdade de Medicina, e Jorge Oliveira, presidente do Grupo Promédica de Salvador (BA). A mediação foi de Ana Maria Malik, professora-titular da FGV-EAESP.

Durante sua fala, Deulefeu pontuou as perspectivas para uma maior aproximação entre os dois braços da saúde no contexto da automação das bases de dados: “O futuro e o paradigma de nossa era é a inteligência artificial, que desfragmenta dados macro e micro de hospitais, UPAS, organizações sociais e pacientes. O que mais precisamos é integrar essas informações já digitalizadas para que uma pessoa não necessite, por exemplo, fazer o mesmo exame que fez num PS privado numa UPA pública por falta de alinhamento de informações. O Ibross atua para fazer disso uma realidade gradual, sempre levando em conta todos os desafios que o SUS (Sistema Único de Saúde) possui num país diverso como o Brasil”.

Lembrando o Dia do Médico, celebrado naquela data, o gestor elogiou instituições ali representadas, como o Hospital das Clínicas de São Paulo, gerido pela Faculdade de Medicina da USP, e o Hospital do Subúrbio de Salvador, administrado pela Promédica, e se disse satisfeito com o que foi pontuado no evento.

Durante sua fala, Flávio perspectivou a evolução da saúde como direito não só social mas fundamental, garantido pela Constituição, num comparativo do que se faz em países como o nosso e o resto do mundo: “Países que estão em desenvolvimento, como no caso brasileiro, querem executar muito em saúde, financiando-a, porém, não tão bem e monitorando e fiscalizando muitas vezes de forma não adequada. Já nações desenvolvidas fazem o inverso: têm bons financiamentos e monitoramentos mas não prestam atenção assistencial diretamente nas unidades, já que contam com a ajuda do Terceiro Setor e da área privada para execução de políticas públicas definidas pelo Estado. Podemos integrar mais os diversos atores que fazem parte do sistema na busca de uma maior integralidade entre os segmentos, ou seja , buscar uma governança menos fragmentada, episódica e reativa. Precisamos entender que o objetivo do Estado é a busca do interesse público para, assim, corrigir ao longo dos próximos anos nossas deficiências e fazer de forma ótima o que já fazemos de bom”, ponderou.

Deulefeu também referiu o cenário intrincado que encontramos ao tentar realizar mudanças estruturais: “Essa necessidade de maior investimento não pode se confundir com capacidade gerencial. É necessário trabalhar com maturidade administrativa e qualidade, evitando um risco de utilizarmos um recurso insuficiente de forma inadequada e gerar desperdício. O Parceiro privado, no caso as OSS (Organizações Sociais de Saúde), devem ter características como uma história íntegra e robusta no setor, vocação ao bem público e capacidade de gerência compatível. Nosso grande desafio é fazer um modelo funcionar no seu todo. O Ibross surge justamente para ser criterioso, agregando apenas organizações com propósito de servir a população, prática que, a meu ver, deve ser um padrão e guia nessa aproximação entre estatal e privado, beneficiando quem importa, que é a sociedade.”

Ao final, o dirigente fez uma avaliação do painel do qual fez parte: “A demanda que temos cada vez mais pressiona a saúde pública. Um setor privado integrado e participativo ajuda a trazer melhorias no manejo dos recursos financeiros. Participamos de uma mesa que relacionou vários tipos de modelos de integração, todos fundamentais para ampliar ideias e possibilidades dentro de uma cadeia de saúde tão complexa. O objetivo final de todos nós, afinal, é a eficiência operacional, palavra-chave do que foi discutido e aprimorado hoje”, concluiu.

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